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Zelensky celebra acordo sobre minerais 'realmente justo' assinado com EUA
Zelensky celebra acordo sobre minerais 'realmente justo' assinado com EUA / foto: PHILL MAGAKOE - AFP

Zelensky celebra acordo sobre minerais 'realmente justo' assinado com EUA

O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, celebrou nesta quinta-feira (1°) o acordo "realmente justo" assinado com os Estados Unidos sobre o acesso aos recursos minerais da Ucrânia, um documento que estava sendo negociado há semanas.

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Estados Unidos e Ucrânia assinaram nesta quinta-feira em Washington um acordo que estabelece um fundo de investimento para a reconstrução do país devastado pela guerra e concede aos Estados Unidos acesso aos recursos minerais ucranianos.

O presidente Trump descreveu inicialmente o acordo como uma "devolução de dinheiro" pela ajuda que os Estados concedeu à Ucrânia sob o governo de seu antecessor Joe Biden, mas Kiev disse que o novo acordo não está vinculado a nenhuma "dívida" passada nesses anos de guerra.

"O acordo mudou significativamente" durante as negociações, disse Zelensky em sua mensagem diária.

"Agora é um acordo realmente justo que cria oportunidades importantes de investimento na Ucrânia", acrescentou.

Zelensky enfatizou em sua mensagem: "Não há dúvida no acordo, e será criado um fundo - um fundo de recuperação - para investir na Ucrânia e gerar lucros aqui", acrescentou.

Kiev e Washington tinham previsto assinar o acordo semanas atrás, mas surgiram tensões marcados por um enfrentamento verbal entre Donald Trump e Volodimir Zelensky no Salão Oval da Casa Branca, no final de fevereiro, que fez as conversas descarrilharem temporariamente.

A Ucrânia espera que o acordo ajude a encontrar o caminho para obter garantias de segurança de Washington, em sua tentativa de se proteger de futuros ataques russos após a invasão de Moscou, que já completou três anos.

O acordo ainda deve ser ratificado pelo Parlamento ucraniano.

- Se calar e negociar -

Segundo os termos do acordo anunciado nesta quinta-feira, Ucrânia e Estados Unidos criarão um Fundo de Investimento para a Reconstrução conjunto.

Os lucros do acordo serão investidos exclusivamente na Ucrânia durante os 10 primeiros anos, após os quais "poderão ser distribuídos entre os sócios", segundo declarou Kiev.

O novo acordo não impõe nenhum compromisso de segurança aos Estados Unidos, mas Washington argumenta que impulsionar seus interesses comerciais na Ucrânia ajudará a dissuadir a Rússia de um ataque.

Moscou manteve seus ataques à Ucrânia, apesar dos esforços de Trumpo para mediar um cessar-fogo.

Um bombardeio noturno de um drone russo sobre a cidade portuária ucraniana de Odessa matou duas pessoas e feriu mais de dez, segundo as autoridades.

"Precisamos de mais pressão sobre a Rússia (...) para obrigá-la a negociar. Quanto mais efetivas forem as sanções, mais icentivos a Rússia terá para pôr fim à guerra", disse Zelensky no Telegram após o ataque.

Em março, a Rússia rechaçou uma trégua de 30 dias proposta por Kiev e Washington, e exigiu o fim da ajuda militar ocidental à Ucrânia.

Os Estados Unidos alertaram que esta semana seria crucial para determinar se seguirá tentando mediar o fim da guerra de três anos ou se iria se retirar.

Na segunda, Vladimir Putin declarou uma trégua de três dias, de 8 a 10 de maio, coincidindo com as celebrações em grande escala em Moscou do Dia da Vitória da Segunda Guerra Mundial.

Segundo diversas estimativas, a Ucrânia concentra aproximadamente 5% dos recursos minerais do mundo, embora nem todos estejam sendo explorados ou sejam facilmente exploráveis.

Outros estão em territórios ocupados pela Rússia ou ameaçados pelo avanço das forças de Moscou.

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