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Índia declara guerra da água ao Paquistão em resposta ao atentado na Caxemira
Índia declara guerra da água ao Paquistão em resposta ao atentado na Caxemira / foto: Shahid ALI - AFP/Arquivos

Índia declara guerra da água ao Paquistão em resposta ao atentado na Caxemira

A Índia anunciou nesta terça-feira (6) que vai "cortar a água" dos rios que nascem em seu território e passam pelo Paquistão, em retaliação ao atentado cometido na Caxemira indiana em abril, cuja responsabilidade atribui a Islamabad.

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A Índia suspendeu sua participação em um tratado de compartilhamento de recursos hídricos assinado em 1960 com o Paquistão, como resposta ao ataque ocorrido em 22 de abril, que deixou 26 mortos na cidade turística de Pahalgam, localizada na parte da Caxemira administrada pela Índia.

Embora o ataque não tenha sido reivindicado por nenhum grupo, Nova Délhi acusou Islamabad, que negou categoricamente qualquer envolvimento.

"A água que pertence à Índia e que até agora fluía para fora será retida para servir aos interesses da Índia e será utilizada dentro do país", declarou o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, em um discurso público.

Horas antes da declaração de Modi, o Paquistão já havia acusado a Índia de alterar o fluxo do rio Chenab.

"Notamos mudanças no Chenab que não têm nada de natural [...] O fluxo normal do rio foi consideravelmente reduzido de um dia para o outro", disse à AFP Kazim Pirzada, ministro da Irrigação da província paquistanesa do Punjab, que faz fronteira com a Índia.

O tratado assinado em 1960 estabelece que ambos os países compartilhem o controle da bacia de seis rios da Caxemira, que se unem mais adiante formando o rio Indo, no território paquistanês.

Com a decisão unilateral da Índia de suspender o pacto, o Paquistão advertiu que qualquer tentativa de modificar o fluxo desses rios será considerada "um ato de guerra".

A tensão entre Índia e Paquistão aumentou consideravelmente nos últimos dias, após o atentado ocorrido na região do Himalaia, de maioria muçulmana e disputada por ambos os países.

Há cerca de dez noites, soldados indianos e paquistaneses têm trocado tiros com armas leves na fronteira; segundo Nova Délhi, os disparos ainda não causaram vítimas.

burs-pa/djb/jvb/es/am

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