Presidente do México visitará feridos de acidente ferroviário que deixou 13 mortos
A presidente do México, Claudia Sheinbaum, deve viajar nesta segunda-feira (29) ao estado de Oaxaca (sul) para visitar os feridos em um acidente ferroviário que deixou 13 mortos, após o descarrilamento do trem interoceânico que foi inaugurado em 2023.
A composição, com 241 passageiros e nove tripulantes a bordo, descarrilou no domingo em sua rota ao longo do Corredor Interoceânico, que liga a costa do Pacífico com o Golfo de México, uma das obras de infraestrutura emblemáticas do governo do ex-presidente Andrés Manuel López Obrador (2018-2024).
Em sua tradicional coletiva de imprensa matinal, Sheinbaum afirmou que a Procuradoria-Geral e a Agência Reguladora do Transporte Ferroviário realizam "a análise com rigor do que aconteceu, o que causou este acidente".
O descarrilamento ocorreu às 9h28 locais (12h28 em Brasília) na linha Z da ferrovia interoceânica, a 80 km da cidade de Salina Cruz, de onde partiu.
"Uma das locomotivas descarrilou", o que fez com que os quatro vagões saíssem das vias, detalhou esta manhã o ministro da Marinha, Raymundo Morales.
O primeiro vagão caiu a uma profundidade de 6,5 metros, o segundo "ficou parcialmente suspenso" e os dois restantes não apresentaram "danos graves", declarou Morales em Oaxaca, em um link transmitido durante a coletiva de imprensa de Sheinbaum.
O ministro acrescentou que esta ferrovia utiliza uma "caminhonete exploradora" que circula sobre a linha férrea antes da saída do trem para reportar falhas. Em seu percurso prévio, foi informado "que as vias estavam em boas condições", afirmou Morales.
Veículos de informação locais publicaram vídeos do interior de um vagão após o acidente, cuja autenticidade a AFP não pôde verificar, nos quais é possível ouvir os passageiros pedindo ajuda.
Desde a sua inauguração, a ferrovia interoceânica transportou 114.828 passageiros, uma média de 245 pessoas em cada saída.
O retorno dos trens de passageiros no México depois de várias décadas foi um dos símbolos da administração de López Obrador, cujo governo também implementou o polêmico Trem Maya, que percorre a Península de Iucatã (sudeste) e foi criticado por ambientalistas por atravessar porções de floresta.
Mas a prioridade da ferrovia interoceânica é o transporte de mercadorias, pois foi concebida pelo mentor e antecessor de Sheinbaum como uma alternativa ao Canal do Panamá.
Desde setembro de 2023, já transportou 952.096 toneladas de carga, informou nesta segunda o ministro da Marinha.
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