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O que muda com as tarifas de Trump e quais países afetam
O que muda com as tarifas de Trump e quais países afetam / foto: SPENCER PLATT - Getty/AFP/Arquivos

O que muda com as tarifas de Trump e quais países afetam

Os Estados Unidos vão aplicar a partir de 7 de agosto sobretaxas à maioria dos seus parceiros comerciais. A Casa Branca anunciou na quinta-feira (31) os montantes dessas tarifas aduaneiras, que chegam a 41%.

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Estas são as principais medidas:

- Adiamento -

O presidente Donald Trump declarou à imprensa que a data de 1º de agosto seria mantida, mas o decreto prevê que as sobretaxas comecem a ser aplicadas sete dias após sua publicação, ou seja, em 7 de agosto.

O objetivo é dar tempo às aduanas para se organizarem, explicou uma fonte do alto escalão da Casa Branca.

Um prazo extra foi concedido para os produtos embarcados antes de 7 de agosto e que chegarão aos Estados Unidos até 5 de outubro.

- Novas tarifas -

Trump assinou na noite de quinta-feira um decreto que lista as sobretaxas aplicáveis a dezenas de países, após impor em abril um mínimo universal de 10%, que se somava às tarifas já existentes. Para muitos países, incluindo os pesos pesados do comércio mundial, a sobretaxa aumentará.

 

A Argélia estará sujeita a 30%; Bangladesh, a 20%; e o Laos, a 40%.

Na América Latina, Washington aumentou as sobretaxas para Costa Rica, Bolívia e Equador de 10% para 15%, e manteve as planejadas em abril para Venezuela (15%) e Nicarágua (18%).

- Brasil -

No caso do Brasil, as medidas de Trump são abertamente políticas e anulam os laços comerciais de longa data.

O país aparece com 10%, embora sua imposição tenha sido adiada de 1º para 6 de agosto e produtos como suco de laranja e aviões civis tenham sido isentos.

Na quarta-feira, o governo republicano anunciou que, no caso do Brasil, adicionará 40 pontos percentuais (pp) a essa tarifa mínima universal, totalizando 50%, devido principalmente ao julgamento do ex-presidente de extrema direita Jair Bolsonaro, acusado de tentativa de golpe.

- Canadá -

As tarifas sobre os produtos canadenses passam de 25% para 35%, exceto para os bens protegidos pelo T-MEC. "O Canadá não cooperou para conter o fluxo contínuo de fentanil e outras drogas ilícitas, e tomou medidas de represália contra os Estados Unidos", criticou a Casa Branca em um documento.

Trump havia advertido sobre as consequências comerciais para o Canadá após o primeiro-ministro Mark Carney anunciar sua intenção de reconhecer um Estado palestino durante a Assembleia Geral da ONU, em setembro.

"O Canadá acaba de anunciar que apoia a criação de um Estado para a Palestina", escreveu Trump no Truth Social. "Isso tornará muito difícil para nós fazermos um acordo comercial com eles", acrescentou.

- Adiamento para o México -

Trump informou que vai adiar por 90 dias a imposição de sobretaxas às importações procedentes do México, que estavam sujeitas a impostos suplementares de 30%.

A situação, portanto, permanece inalterada: o México continuará pagando a tarifa de 25% imposta para pressionar o país a combater o tráfico de fentanil, 25% sobre automóveis e peças avulsas que não provêm dos EUA, 50% sobre o aço e alumínio e, a partir de sexta-feira, 50% sobre o cobre.

Já os produtos incluídos no T-MEC, que integra junto com EUA e Canadá, estão protegidos dos impostos, ou seja, a grande maioria.

Segundo o presidente americano, o México "concordou em eliminar imediatamente suas numerosas barreiras comerciais não tarifárias", mas não deu detalhes.

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