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Bolsonaro volta à prisão domiciliar após exames médicos a semanas de veredicto
Bolsonaro volta à prisão domiciliar após exames médicos a semanas de veredicto / foto: Evaristo SA - AFP

Bolsonaro volta à prisão domiciliar após exames médicos a semanas de veredicto

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) saiu neste sábado por algumas horas da residência onde cumpre prisão domiciliar em Brasília para realizar exames médicos, a poucas semanas de que o Supremo Tribunal Federal (STF) chegue a um veredicto no julgamento que ele enfrenta por uma suposta tentativa de golpe.

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Autorizado pelo Supremo, o ex-mandatário, de 70 anos, foi submetido a vários procedimentos devido a "um quadro recente de febre, tosse, persistência de episódios de refluxo gastroesofágico e soluços", informou o Hospital DF Star em comunicado.

"O que os exames evidenciaram é que realmente ele teve recentemente duas pneumonias, mas ele vem em franca recuperação", disse a jornalistas o médico Leandro Echenique.

Bolsonaro foi submetido a uma longa cirurgia em abril para resolver uma obstrução intestinal decorrente de uma facada que recebeu em 2018, quando era candidato. Permaneceu internado durante três semanas após a operação.

"Aparentemente está tudo em ordem (...) mas ele persiste com esse quadro de esofagite e algum grau de refluxo", afirmou o médico Claudio Birolini, cirurgião de Bolsonaro.

"O fato dele estar em casa agora prejudica um pouco a atividade física, então a gente está sugerindo a ele que intensifique um pouco os exercícios, musculação, etc. Porque ele não pode fazer caminhada, não pode fazer nada nesse sentido", acrescentou Birolini.

Bolsonaro deixou o hospital às 14h00 e retornou em seguida à residência onde está confinado desde o início de agosto por violar uma proibição judicial de uso de redes sociais.

O ex-mandatário limitou-se a dar um breve cumprimento a alguns apoiadores que o esperavam em frente ao centro médico com bandeiras do Brasil, de Israel e dos Estados Unidos. Não se dirigiu à imprensa.

O ministro do STF Alexandre de Moraes, relator do processo, lhe proibiu de se expressar nas redes sociais, seja diretamente ou por meio de terceiros, sob o argumento de que ele as utilizava para obstruir a Justiça.

- Perto do veredicto -

"Nós acreditamos que em 2026, Jair Bolsonaro vai se tornar presidente do Brasil. O povo pede, o povo quer o presidente Bolsonaro em 2026", disse à AFP Márcia Maria, uma das pessoas que esperavam o ex-presidente do lado de fora do hospital.

Acusado de conspirar para se agarrar ao poder após perder a eleição de 2022 para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e impedido de concorrer até 2030, Bolsonaro insiste em ser candidato na eleição presidencial de 2026.

O ex-presidente alega inocência e diz ser vítima de uma "perseguição". Seu caso desencadeou uma crise diplomática e comercial entre Brasília e Washington.

Lula, por sua vez, deu respaldo aos ministros do STF e prometeu "defender (...) a soberania do povo brasileiro".

Apesar da pressão de Washington, o STF avança com o julgamento e convocou várias sessões entre 2 e 12 de setembro para decidir se Bolsonaro é culpado de planejar um golpe de Estado, o que pode levá-lo a cerca de 40 anos de prisão.

As datas para emitir um veredicto coincidem com a convocação de manifestações para 7 de setembro em defesa de Bolsonaro em várias cidades do país.

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